Você tem uma empresa de Comunicação Visual e quer saber como precificar do jeito certo? A gente preparou um guia completo pra te deixar craque nisso! Saiba como chegar ao valor final de venda, considerando todos os custos envolvidos no processo. Todos mesmo. Na #Live37 da série O Valor do Metro, da Holdprint Brasil, o CEO Rafael Ahmann, pioneiro na precificação desse segmento, explicou passo a passo do seu método. Fechar o mês no vermelho por cálculos errados? Problemas na elaboração de um orçamento?
Nunca mais!
E o melhor: esse guia é destinado, principalmente, a empresas de pequeno e médio porte.
A seguir, separamos cinco dicas valiosas par você precificar corretamente na Comunicação Visual através de uma planilha de Excel:
1) Defina o valor da hora sua empresa – Item indispensável para precificar na Comunicação Visual
Valor de hora é um dado muito importante para saber quanto uma empresa gasta para funcionar a cada hora. Essa informação será fundamental na hora de estabelecer um preço correto de venda.
E como chegar a este número? Basta somar todos os gastos mensais da sua empresa (todos mesmo) e dividir pelas horas produtivas.
Horas produtivas significa, literalmente, o quanto sua empresa foi produtiva ao final do mês. Para chegar a esse número, é preciso somar a carga horária de todos os colaboradores da sua empresa. No exemplo abaixo, considerando uma empresa com três colaboradores, e cada um trabalhando 147 horas por mês, as horas produtivas serão, portanto, 147 x 3= 441.
*Para calcular a depreciação: supondo que a empresa adquira uma impressora por R$ 60 mil. Pretende revender o equipamento em 5 anos por R$ 15 mil. A depreciação, nesse caso, seria de R$ 45 mil. Ou seja, nessa transação, a empresa perderia R$ 45 mil em relação ao que pagou. Essa é a depreciação. Diluída em 5 anos, representa menos R$ 750 em caixa todos os meses (R$ 45 mil de depreciação divididos por 60 meses, que são 5 anos).
Agora, para chegar ao valor de hora, basta dividir o custo total pelas horas produtivas.
Usando o exemplo acima, o custo total da empresa por mês é de R$ 18.974,92, considerando a soma dos gastos administrativos com os gastos de produção. Perceba que neste cálculo entra absolutamente tudo. Dos gastos mais simples aos mais complexos: luz, água, IPTU, folha salarial, sistemas, servidores, equipamentos, etc.
As horas produtivas são 441 (147 de cada funcionário multiplicadas por 3).
O valor de hora, portanto, será R$ 18.974,92/441 = R$ 43,02.
Isso significa que, para existir, essa empresa desembolsa R$ 43,02 a cada hora de funcionamento.
A partir de agora, com o valor de hora definido, será possível calcular o custo da mão de obra nos orçamentos da maneira mais precisa possível, considerando todos os custos que a empresa tem, sem deixar passar nadinha!
2) Calcule a mão de obra – Item indispensável para precificar na Comunicação Visual
Figura 2: Cálculo da mão de obra para revestimento de uma fachada
Empresas de comunicação visual trabalham com projetos personalizados. Cada cliente tem uma demanda. Portanto, os custos com mão de obra não são fixos, porque dependem do tempo necessário para executar cada trabalho. Sendo assim, definir um percentual fixo de mão de obra para todos os projetos definitivamente não é o melhor caminho. Alguns vão exigir mais trabalho, outros menos.
Nesse caso, por exemplo, de uma empresa que vai realizar o revestimento de uma fachada: o tempo total para se deslocar (4,5), produzir (48) e instalar a estrutura (48) é de 100,5 horas.
Ou seja, esse cliente usará 100,5 horas do tempo da empresa.
Como vimos, cada hora da empresa tem o valor de R$ 43,03.
Assim, para calcular a mão de obra deste serviço, basta multiplicar o tempo necessário para a execução do trabalho pelo valor da hora da empresa.
100,5 x 43,03 = R$ 4.324,22.
3) Calcule com antecedência toda a matéria-prima necessária
Para calcular os custos com matéria-prima os cálculos são mais simples. Mas igualmente importantes. Realizar um levantamento prévio de todo o material necessário para a execução do trabalho é essencial para criar condições de planejar a compra e pagar mais barato. Quanto mais planejamento, mais economia. Quanto mais economia, mais lucro. Não se esqueça.
4) Inclua os custos com terceirização
Aqui é outro ponto importante: quais serão seus custos com terceirização de serviços? Quem você precisará contratar para executar determinado trabalho? Considere todas as pessoas que possam ser contratadas pontualmente, como um frete, por exemplo. Além disso, nessa conta também entram gastos gerais inespecíficos e eventuais contratempos. Nesse caso, como não dá para prever ao certo, estipula-se um valor de garantia, que deve ser coerente.
No exemplo da empresa que vai revestir a fachada, foi estipulado o valor de R$ 400 para estes custos.
5) Calcule os custos de venda, margem de lucro e preço final na hora de precificar o serviço
Ao final, as despesas totais somam R$ 8.224,244.
Em cima desse valor, aplica-se os percentuais de impostos, comissões, custos de cobrança e, evidentemente, o lucro, que nesse exemplo foi estipulado em 30%.
O valor final do orçamento é de R$ 14.179,68.
E aí, curtiu? Esse texto foi uma parceria com a galera da Holdprint, cujo CEO é um dos grandes mestres da precificação na Comunicação Visual.
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